O governo não conseguiu economizar para pagar os juros da dívida pública em maio. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30), o setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 6,9 bilhões, no mês passado.
Em maio do ano passado, o resultado negativo foi maior: R$ 11 bilhões. Nos cinco meses de 2015, houve superávit primário de R$ 25,5 bilhões, contra R$ 31,5 bilhões em igual período do ano passado.
Em 12 meses encerrados em maio, o setor público registrou déficit primário de R$ 38,5 bilhões, o que corresponde a 0,68% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O superávit primário, economia de recursos para pagar os juros da dívida pública, ajuda a conter o endividamento do governo, em médio e longo prazos. Para este ano, a meta de superávit primário para o setor público corresponde a R$ 66,3 bilhões ou 1,1% do PIB.
O Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) registrou déficit primário de R$ 8,9 bilhões, enquanto os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 1,7 bilhão. Os governos municipais também conseguiram economizar, registrando superávit primário de R$ 309 milhões. Já as empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 72 milhões.
Em cinco meses, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 6,6 bilhões, os estaduais, R$ 16,2 bilhões e os municipais, R$ 3 bilhões. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 346 milhões.
Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 52,9 bilhões, em maio, e acumularam R$ 199 bilhões, nos cinco meses do ano.
Em maio, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, chegou a aproximadamente R$ 60 bilhões. De janeiro a maio, o setor público registra déficit nominal de R$ 173 bilhões.