O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a defender hoje (2) um projeto de lei que regulamente a gestão das empresas estatais. Ele negou que o anteprojeto apresentado por ele e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenha a finalidade de promover uma interferência do Poder Legislativo nas empresas geridas pelo Executivo.
“O papel do Legislativo é fiscalizar o Executivo, e vice-versa. O papel do Executivo é fiscalizar também o Legislativo. Nisso, os poderes são complementares. Não há absolutamente interferência. O que há é um desejo da sociedade que se abra a caixa preta das estatais. Que isso fique absolutamente transparente. O país cobra isso”, afirmou.
O presidente também evitou relacionar o projeto diretamente aos recentes escândalos de corrupção na Petrobras e disse que o objetivo é que todas as empresas sejam fiscalizadas, inclusive essa. Questionado se o objetivo será acabar com as indicações políticas para os cargos nas estatais, Renan minimizou a questão. “Esse aspecto ,com relação à indicação dos nomes, é apenas um aspecto da lei. Não é o fundamental. O fundamental é a transparência, que se abra a caixa preta”, disse.