O movimento em prol da libertação de Islam Hamed, brasileiro-palestino que completa 26 dias em greve de fome hoje (7) e está preso em Nablus, na Palestina, tem ganhado força na região. Cartazes pedindo a liberdade do prisioneiro foram espalhados pelas cidades palestinas e uma tenda foi montada em frente à casa da família para receber pessoas que aparecem para prestar solidariedade.
Na terça-feira (5), o lugar foi palco de um encontro simbólico: três representantes do Hamas e três representantes do Fatah visitaram a família. Os dois partidos são majoritários na Palestina e, até o ano passado, ocupavam campos opostos na geopolítica local. O Hamas comanda a Faixa de Gaza. Já o Fatah, a Cisjordânia.
A aproximação entre os dois foi oficializada em junho do ano passado com a criação de um governo de consenso nacional. Um mês depois, a Faixa de Gaza foi palco de um intenso bombardeio que durou sete semanas e deixou 2.157 palestinos mortos, a maioria civis. Apesar de a aproximação entre Hamas e Fatah ser considerada uma etapa importante para a unificação do povo palestino, é consenso no país que ainda há um longo caminho pela frente, daí o significado importante do encontro.
No Brasil, a mobilização também tem se intensificado. No dia 15 de abril, quatro dias após Islam ter começado a greve de fome, a família formalizou o segundo pedido de intervenção do governo brasileiro para a libertação e a repatriação do brasileiro. O primeiro foi em 2013.