Com chapéu em chapeleiro, Santos vence a 7ª rodada

Um lançamento da direita, um domínio perfeito, um lindo chapéu no goleiro e a conclusão de cabeça para balançar as redes.

Com um golaço de Ricardo Oliveira no primeiro tempo e uma atuação segura de Vanderlei na etapa complementar, o Santos venceu o Grêmio Osasco Audax por 1 a 0 neste sábado, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista, no estádio do Pacaembu.

O gol do veterano centroavante veio carregado de uma certa dose de ironia. Afinal, o goleiro do time de Osasco, Felipe Alves, é conhecido não só por se arriscar jogando com os pés como ficou marcado por um lance no último fim de semana, quando chapelou o atacante Ricardinho, do Ituano, dentro da pequena área.

O triunfo com gol em cima do “arqueiro chapeleiro” deixa o time comandado por Marcelo Fernandes soberano no Estadual. Foi o 11º jogo de invencibilidade e a sétima vitória consecutiva do time do litoral na competição. Os santistas estão com 29 pontos no grupo 4. O Audax, por outro lado, é o terceiro no grupo 2, com 16 pontos.

A vitória santista, no entanto, poderia ter sido bem mais fácil. Na primeira etapa, o time dominou completamente a partida e criou uma chance atrás da outra. Só não abriu larga vantagem por causa de Felipe Alves, que, após levar o gol de Ricardo Oliveira, defendeu um pênalti cobrado por Geuvânio.

Na segunda etapa, o cenário mudou completamente. Mais agressivo, com marcação no ataque, o Audax sufocou o Santos. Em cerca de 25 minutos, o time visitante criou ao menos sete chances claras. Foi a vez, então, de Vanderlei se desdobrar para evitar o empate e, assim, como Ricardo Oliveira, fazer alguns ‘malabarismos’.

Depois do sufoco, o Santos conseguiu tranquilizar mais a partida, gastar tempo no campo de ataque e também perder chances de matar de vez o jogo.

O time alvinegro volta a campo agora na próxima quinta-feira, quando encara a Ponte Preta no Moisés Lucarelli, às 21h (horário de Brasília). O Audax joga um dia antes, quando recebe o Capivariano no José Liberatti às 19h30 (horário de Brasília).

O jogo
O Santos adotou a estratégia que todos os times grandes têm utilizado quando enfrentam o Audax. Apertou a saída de bola do adversário e começou a criar uma oportunidade de gol atrás da outra no Pacaembu. Com oito minutos, quatro chances claras já haviam sido criadas, sempre em bolas tomadas no campo de ataque. Geuvânio chutou duas à direita, falhando por pouco. Lucas Lima e Ricardo Oliveira também finalizaram com liberdade, errando o alvo ou parando no goleiro Felipe Alves.

Sem abrir mão de trocar passes, o Audax era perigoso quando conseguia superar a primeira linha de marcação alvinegra. Gilsinho deu um chute perigoso de fora da área. Matheus teve boa chance em contragolpe muito bem construído por Rafael Longuine e bateu à esquerda.

Aos 17 minutos, Robinho esteve bem perto gol, em lance armado por Geuvânio, mas parou em Marquinho em cima da linha. Logo na sequência, no entanto, os visitantes tentaram sair driblando e viram a bola ser tomada por Cicinho. O lateral lançou Ricardo Oliveira, que, na cara do gol, chapelou Felipe Alves antes de completar de cabeça.

Nada mudou com o gol. Ricardo Oliveira teve nova chance na área, Lucas Lima parou em boa defesa de Felipe Alves. Aos 27, após nova roubada de bola, Renato invadiu a área, tentou drible no goleiro e foi derrubado pelo zagueiro André Castro. Robinho deixou o pênalti com Geuvânio, que bateu no canto esquerdo. Felipe Alves pegou.

O erro fez o Audax crescer. André Castro, de fora, parou em ótima defesa de Vanderlei. Na batida do escanteio, Camacho apareceu livre para concluir por cima. Refeito do susto, o Santos teve mais três chances até o intervalo. Lucas Lima chegou a acertar o travessão em cobrança de falta.

Na segunda etapa, o Audax voltou do vestiário com Bruno Paulo e Rondinelly. Logo a um minuto, Bruno Paulo ficou perto de concluir de cabeça, após batida de falta, e não conseguiu o desvio fatal. Na resposta, Geuvânio avançou com liberdade, bateu da entrada da área e mandou à direita.

O que via no início do segundo tempo eram os visitantes mais agressivos, chegando especialmente com Bruno Paulo pela esquerda. Aos nove minutos, Camacho dominou na área, em boa posição para finalizar e foi ao chão após o choque com Cicinho, reclamando bastante de pênalti.

O Santos já não tinha força para apertar a saída do Audax, que passou a pressionar, criando oportunidades em sequência. Na melhor delas, Ytalo ficou com rebote de Vanderlei na cara do goleiro e parou nele. Longuine deu dois bons chutes de fora da área. E Ytalo errou por muito pouco em finalização após escanteio.

O Santos ainda desperdiçou ótima chance para matar o jogo em contra-ataque. A bola passou por Lucas Lima e chegou a Ricardo Oliveira, que, na saída do goleiro, preferiu rolar para Robinho. O passe não foi dos melhores, e o camisa 7 bateu mal.

Thiago Silvy foi a última aposta de Fernando Diniz, e Marcelo Fernandes procurou dar consistência ao meio-campo com Elano. O Santos teve três chances seguidas na sequência, com Robinho, que parou em Felipe Alves na mais clara delas. O Audax não teve força nos minutos finais.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 0 AUDAX

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
Data: 21 de março de 2015, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: José Cláudio Rocha Filho
Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Eduardo Vequi Marciano
Público: 11.007 espectadores (9.113 pagantes)
Renda: R$ 264.065,00
Cartões amarelos: Cicinho e Lucas Lima (Santos); André Castro e Camacho (Audax)
Gol: Ricardo Oliveira, aos 17 minutos do primeiro tempo

SANTOS: Vanderlei, Cicinho, Werley, David Braz e Vitor Ferraz; Lucas Otávio, Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Gabriel), Robinho (Thiago Ribeiro) e Ricardo Oliveira (Elano)
Técnico: Marcelo Fernandes

AUDAX: Felipe Alves; Didi, Francis e Léo Bahia; Marquinho, André Castro, Camacho e Gilsinho (Bruno Paulo); Matheus (Rondinelly); Rafael Longuine (Thiago Silvy) e Ytalo
Técnico: Fernando Diniz