Um ato do presidente Renan Calheiros reconduziu nesta quinta-feira, 12, a representante do Amazonas, senadora Vanessa Grazziotin, ao cargo de Procuradora Especial da Mulher no Senado nos próximos dois anos.
A decisão foi resultado do debate feito entre as senadoras da bancada feminina que se reuniram em um café da manhã na terça-feira (11/02) para planejar as ações das parlamentares e elaborar o calendário de atividades em 2015.
As 11 parlamentares presentes, entre as 13 em exercício do mandato, consideraram que a recondução de Vanessa Grazziotin representará a consolidação do trabalho iniciado em 2013, período no qual o órgão ligado diretamente à presidência da Casa conseguiu ampliar a presença das mulheres tanto com iniciativas legislativas quanto por ter se firmado como instância parceira de órgãos públicos nacionais e estrangeiros e de entidades de defesa dos direitos das mulheres.
De acordo com a senadora Ana Amélia (PP-RS), “A Procuradoria Especial da Mulher está em boas mãos e a senadora Vanessa teve o apoio de toda a bancada feminina para continuar e consolidar o trabalho desenvolvido até agora”.
A Procuradoria tem como objetivo construir uma cultura que expresse valores de igualdade, equidade, respeito, atenção e empoderamento, ancorada em iniciativas legislativas em favor da luta emancipacionista das mulheres.
Suas ações indicam o incentivo à participação ativa das mulheres em todas as instâncias de poder como condição essencial para a garantia dos direitos da população feminina.
As senadoras elegeram a reforma política como principal tema em 2015 e prometem agir de forma concentrada e em ligação direta com a bancada feminina na Câmara dos Deputados. Elas esperam discutir e votar a matéria até o final do ano para que o resultado possa vir a representar o aumento da presença das mulheres no Parlamento.
Atualmente as 13 parlamentares representam 16% do total de 81 senadores. Na Câmara, as 51deputadas alcançam apenas 10% das 513 cadeiras.
De acordo com Vanessa, “A reforma política é um passaporte para que possamos mudar a realidade perversa da representação da mulher no Parlamento brasileiro. Ela é perversa não só para as mulheres, mas para o sistema democrático, porque um Parlamento que se mantém há décadas com apenas cerca de 10% de representação feminina não pode ser considerado algo democrático e inclusivo”, considera.
A bancada feminina no Senado deverá ainda em fevereiro fazer um levantamento dos projetos considerados prioritários para votação em 2015. Elas esperam divulgar as matérias de forma indistinta e angariar apoio da sociedade para as iniciativas em benefício das mulheres em tramitação na Câmara e no Senado.
Mês da Mulher
O calendário terá início já no dia 3, quando será feita a instalação da Comissão Permanente Mista de Combate à violência contra a Mulher.
No dia 4, às 11h, será feita no Salão Branco a abertura da exposição fotográfica “1 em 3”, promovida pelo Banco Mundial.
No dia 5, às 10h, no Plenário 2 da Ala Nilo Coelho, acontece a primeira edição do projeto “Quintas Femininas”, com o tema “Reforma Política Inclusiva”.
No dia 11, às 11h, será feita a entrega do prêmio Berta Lutz para celebrar em Sessão Especial no Plenário o dia Internacional da Mulher.
No dia 17, às 11h, no Salão Nobre, será oferecida uma recepção às embaixadoras em missão no Brasil.
No dia 18, às 11h, acontecerá a abertura da exposição “Memórias Femininas na Construção de Brasília”, da historiadora Tânia Fontenele.
