Em meio a uma série de denúncias de corrupção na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff resiste em demitir Graça Foster da presidência da estatal. No entanto, mesmo auxiliares próximos de Dilma já admitem que a saída de Graça da Petrobras é uma questão de tempo, apesar da vontade da presidente de poupá-la. O prazo para isso acontecer, dizem governistas, é a provável perda do grau de investimento da estatal nas próximas avaliações de agências de classificação de risco.
— O tempo de Graça já acabou e ela própria percebeu isso. A diretoria da Petrobras não tem mais credibilidade com o mercado. A presidente pode estar conseguindo mantê-la apesar dos problemas políticos, mas, com os desdobramentos econômicos que ainda virão pela frente, será difícil — disse uma fonte do Planalto.
A avaliação no governo é que, além da relação de amizade e de lealdade, Dilma não quer tirá-la da presidência porque Graça serve como um escudo para o governo. Se Graça sair, a análise é de que tudo o que for relacionado com problemas de corrupção e má gestão na empresa cairá, automaticamente, no colo de Dilma.
— A presidente vai resistir o quanto puder — disse uma fonte do Planalto.