O processo de aliciamento eleitoral adotado e colocado em prática pelo prefeito de Boca do Acre, Antonio Iran de Souza Lima, cabo eleitoral do candidato ao governo, José Melo, extrapola os limites do cinismo. Isso mesmo, do cinismo.
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Na semana passada, por exemplo, o blog publicou, com provas isofismáveis, matéria que mostrava, em vídeo, o prefeito aliciador comprando – roubando fica melhor – o voto de uma humilde eleitora do município. Na saída dizia: o número é 90.
Neste domingo, 19, o blog traz à opinião pública mais uma ação delituosa do prefeito aliciador, escancaradamente – pasmem -, levada à praça pública, bem diante dos olhos de todos – da polícia, do Ministério Público, da Justiça Eleitoral e, se duvidar, até do papa Chico, no bairro Antonio Jorge.
Em clara agressão aos princípios democráticos e em nítida demonstração de força e de poder, usados em defesa de suas convicções mesquinhas e eleitoreiras, Iran Lima, com a toda a força de seu cinismo, diz que aguarda os traidores depois do dia cinco.
Uma chantagem odiosa que merece o repúdio não só do povo de Boca do Acre, mas também de todo o brasileiro.
Valendo-se da pobreza do povo, Iran Lima acredita que pode chantageá-lo por isso.
Acostumado a essa prática, própria dos canalhas, que não se constrangem em agredir a dignidade do homem pobre e sofrido do interior do Amazonas, Iran diz que vai distribuir 20 mil folhas de alumínio e 200 dúzias de tábuas a seus amigos, com aqueles “que não traem”.
“Tudo isso é para gente doar pra vocês, o povo. E aí eu quero ver, depois que passar as eleições, depois do dia cinco. Porque eu irei continuar como prefeito. Eu irei ficar, lá, na prefeitura, segunda-feira. Aí eu quero ver esses traidores pedir alguma coisa. Eu ver esses traidores irem atrás de mim. Aí nós vamos esperar por eles porque nós sabemos quem são”.
É muito cinismo. Esse cara, que diz, também, que vai sobrar emprego porque vai demitir os traidores, deveria ir direto para a cadeia. Sem só, sem piedade. Eles e um montão de amiguinhos pertencentes à sua quadrilha.
