Acabamos de assistir mais um desses impressionantes debates na TV, com os candidatos a governador do Amazonas, que não prestam pra nada -os debates. E alguns “candidatos” também-, a não ser pra dar sono.
Começando pelo “mediador” “ogro”, saído como que da família “Adams”, que não medeia nada. A gente o percebe sempre em dúvida sobre quem pergunta pra quem, gerando no telespectador um pavor de que ele erre tudo e cause um tremendo mal estar. O cara não sabe quem é Braga e quem é Melo, quem é Marcelo e quem é Navarro. É o que dá não ter aqui ninguém com o mínimo de isenção.
Na verdade não há debate, mas sim perguntas destinadas a quem não sabe responder, e respostas dadas por parte de quem não sabe o que está fazendo ali.
Dizem que os temas são “sorteados”. Daí esse troço chato, “bem comportado”, ainda mais entre nanicos que sempre se apresentam nessas horas apenas para emitir “eflúvios” (catingas) nada agradáveis no ambiente, como fez Abel Alves, confundindo com “efluentes” advindos dos igarapés do Prosamin.
O “debate” melhora um pouco quando escapa do trio nanico “Navarro-Abel-Hebert”, que são candidatos a sindicatos, mas a cada eleição nos assustam ao botarem suas caras no vídeo e posarem de candidatos a “governador”.
Deveriam ser retirados da sala em respeito ao eleitor, que destina aos mesmos “zero” de intenção de votos.
Deveriam destinar esse espaço aos que alcancem pelo menos 10% dos votos nas pesquisas.
Até que os demais ainda têm algo a dizer, como é o caso de Braga, Chico Preto e Marcelo Ramos.
O primeiro bloco foi simplesmente imprestável.
Candidatos faziam perguntas a quem não tinha a menor condição de responder provavelmente por não saberem a diferença entre fechadura e ferrolho, alho e bugalho, sarnento e sacramento.
No segundo bloco, os melhores momentos foram entre Braga x Melo e Braga x Marcelo.
Melo negou que haja “crise na segurança” afirmando que as coisas estão maravilhosas nessa área e se dirigiu aos policiais para que esses dissessem como as coisas estão boas. Sugeriu, assim, que as “coisas” estão boas para a polícia. Devem estar mesmo. E para o cidadão, está?
O que deixou a gente pasma é de onde Melo tirou coragem para confrontar Braga, que acabou tirando um sarro dele lembrando-o de como passaram oito anos juntos fazendo aquilo que Melo havia se esquecido. Na sala ao lado.
O nanico Navarro, do pecebão (um partido que morreu debaixo do muro de Berlim), está obcecado pelo transporte aquaviário feito em deslizadores.
Deveria se tornar um empreendedor na área e demonstrar na prática como isso é bom. Mas aí ele não gosta, pois teria de se esforçar, tirar dinheiro do bolso, arriscar… Melhor fazer isso com a grana do Estado.
É um estatista por excelência.
O candidato dos correios, Herbert, não deve ter os votos nem dos carteiros. Mas ele acha que o Amazonas só vai ter jeito quando um “partido dos trabalhadores” assumir o Poder. Se ele soubesse o que o PT está fazendo no país…
Abel, quando acorda, disparata em respostas a Herbert, com ideias “do arco da velha”, e se dirige aos telespectadores ameaçando de governar o Estado.
Herbert e Abel são contra esse negócio de comprar cassetete, revólver, etc., pra polícia, e que resolveria a questão da segurança com “gestão” da polícia.
Ninguém sabe o que diabo seria isso.
No terceiro bloco, os “cabocos” é que fizeram as perguntas. Um candidato respondia e outro (previamente escolhido) comentava.
O primeiro caboclo veio logo reclamando das enchentes e das secas.
Segundo Braga, infelizmente, Deus não interfere nisso, mas ele sim, que criou bolsas, crédito, defeso, etc.
No comentário, Marcelo ”Pau pra todo Braga”, disse que iria resolver os problemas dos caboclos “sem bolsa”, sem beira, nem eira.
Melo prometeu “rebaixar” Itacoatiara. Ninguém lá deve saber do que se trata. Talvez seja questão ligada ao porto, calado, essas coisas.
Chico “Galã” Preto comentou o esquecimento de Itacoatiara e Parintins em relação ao linhão de Tucuruí. Toma! Nem energia e nem internet…
Agora é de lascar ouvir o caboclo perguntar e depois ter de ouvir Abel responder, com aquela voz cavernosa que lhe é própria, tirada assim do âmago de seu ser, dizer que municípios da “beira de Manaus” devem ter oportunidade de se prepararem tecnologicamente, e depois ter de ouvir o comentário de Herbert “Correios” Amazonas.
Nem de carta ele entende. Discurso-padrão: “só governo de trabalhadores resolve”…
Neguinha bonita de Parintins pergunta sobre rebelião em presídio sem saber que vai ser respondida por Herbert “correios” Amazonas (do psustus), e garantir que vai resolver esse negócio de rebelião com uma assembleia com os “companheiros” presos…
Melo comentou que os parintinenses vão deixar de ser “presa fácil” dos bandidos, cujos bandidos não estão achando “nada fácil” ficarem presos, colocando, lá, o Cetam, o Ifam, a Ufam, sabe-se lá…
Marcelo Marina Selva vai salvar, de maneira salvacionista, os drogaditos, dependentes químicos (vulgos drogados), e Navarro diz que a polícia está entupindo as cadeias de drogados (ninguém sabe onde), o que é um absurdo, pois deveria descriminar esse troço e liberar geral.
Lá de Tabatinga, caboclo afirma que gelo não está gelando nada e Chico Branco de Preto promete resgatar o peixe da Colômbia e trazê-lo para o Brasil, geladinho, filetado para o Brasil e para o mundo, isso pela Sepror “do Heron”, como bacalhau-com-cabeça e tudo…
Abel pergunta se alguém o conhece. Todos se entreolham e balançam a cabeça negativamente. Como assim se ele foi delegado do Ministério o Trabalho? Ninguém entendeu nada…
Estamos aguardando o quinto bloco. Nossa senhora “de forma geral”!
Ah! Que bom que é apenas “considerações finais”…
Mas antes o “mediador ‘ogro’ que não medeia” informou que alguém se sentiu injuriado, caluniado, difamado, sacaneado, mas que o tribunal de exceção ali montado pela produção nada apurou e negou o recurso de agravo de instrumento, agravo regimental, habeas corpus, corpus christ, o cacete. Neca de pitibiriba…
Chico Branco de Preto tascou que foi a Justiça Eleitoral que afirmou que a PM está aparelhada politicamente por Melo e mandou defenestrar a cópula, ops, cúpula da PM.
Melo disse que vai triplicar o bolsa floresta. Haja bolsa! Porque não cria logo o bolsa caçador, o bolsa pescador, o bolsa castanha, o bolsa macaxeira, o bolsa banana?
Abel sacaneou a Globo e se disse injuriado como que a “réde” Globo pôde fazer uma sacanagem de não lhe dar um contrato de galã nas suas novelas… Faria bem o “Zé-Das-Medalhas”.
Marcelo Marina Selva se acha “pau pra dar em doido” e fez uma cascata de propostas para gente crente “Marcelar” com Serafim, Magrina e sabe-se lá mais quem…
Herbert se despediu dos companheiros dos Correios…
Navarro, de olho no Senado, é candidato dele mesmo, infelizmente, a governador, mas gostaria mesmo é de ir para o Senado, o céu dos políticos…
Braga foi bem ao se despedir como candidato quase eleito em primeiro turno, que mesmo assim teve “humildade” de comparecer e debater com um bando de nanicos malucos.