“Há mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe vossa vã filosofia”. Não são esses os termos da frase construída por Hamlet, personagem criado por William Shakespeare?
Pois muito bem.
Por mais incrível que possa parecer, o presidiário Jhonatan Paiva da Costa, que pilotava a moto do assassinato do sargento da Polícia Militar, José Cláudio Marques da Silva, 46, o “Caju”, estava solto, livre e fagueiro, em absoluta liberdade.
Como assim? Pagou fiança e o juiz Henrique Veiga Lima, no 16 de julho deste ano, apesar do parecer contrário do Ministério Público, concedeu liberdade a um fora da lei.
E por mais incrível que possa parecer, ainda, foi esse mesmo juiz que insistiu em manter o presidiário em liberdade.
Como Assim? Assim!
No dia 28 de agosto, agora, há poucos dias, o juiz Henrique Veiga foi alertado pelo assessor de Inteligência da Secretaria do Interior e Justiça, Pedro Florêncio Filho (ver fac-símile), de que Jhonatan não vinha cumprindo com as normas estabelecidas para manutenção de sua liberdade.
E sabem o que aconteceu? Claro, todos já sabem.
O presidiário Jhonatan Paiva da Costa, ele e mais outros – por favor, não digam que falei do juiz – contribuíram com o assassinato covarde do sargento Caju.
Agora vejam o desdobramento desse lamentável episódio. Nesta terça-feira, 09, uma semana depois do episódio do Eldorado, que revoltou a todos, o juiz revoga a medida que concede liberdade restritiva a Jhonatan.
Agora, depois do assassinato do sargento? Sinceramente, não tem graça.
Depois, o carinha já tinha sido preso pela polícia, não é mesmo.
Coisa do Brasil ou do Amazonas? Sei lá. Dá no mesmo, como diria a pré-alodescente, Ana Catarina da Gama, estudante da 8ª série do ensino fundamental.
Marcelo Blanco da Silva, 26, e Frank Rodrigues Rocha, soltos, também, pela justiça, foram mortos em tiroteio com a polícia.