Só Deus mesmo para aliviar o desespero do governador José Melo com os números das pesquisas eleitorais que apontam uma vitória acachapante do senador Eduardo Braga ao governo do Estado.
Em campanha pelas ruas de Manaus, Melo tem feito mais que pedir votos aos eleitores: tem implorado, mendigado e até recorrido ao Misericordioso para convencer a população que seu projeto de reeleição é viável.
Sendo um homem de fé, Melo apela para Deus, usa de pantomima religiosa, ergue aos céus suas preces, mas o que consegue é apenas a indiferença, não de Deus, que a todos vê, mas dos moradores desconfiados de que as visitas aos bairros periféricos não passa de recurso eleitoreiro.
Depois de suar a camisa junto com seu candidato a vice, o deputado Cabeção, e a trupe remunerada que quando recebe algum dinheiro acompanha qualquer um, Melo chega em seu gabinete e olha os números das pesquisas e se convence que de nada adiantou gastar sola de sapato em ruas mal asfaltadas.
Não adianta, seu coeficiente eleitoral está do tamanho de sua estatura, física e política.
A foto que ilustra esta matéria é simbólica, porque mostra o governador de braços erguidos aos céus, implorando por votos, enquanto a moradora sequer o deixa entrar em sua residência.
Chegar ao cargo de governador é o ápice da carreira de qualquer político no âmbito do Estado. Uns chegam ao posto por méritos, outros por lances de sorte. Se reeleger já é uma história diferente, pois exige bem mais do que controlar com mãos de ferro a máquina pública e achacar prefeitos e funcionários públicos. Político vive de votos, e Melo não consegue agregar nada em seu entorno. Pior para ele.