O agendamento de uma entrevista para apresentar o novo técnico na terça-feira, a promessa de suspense até o final por parte da CBF e indicações de pessoas próximas de que há fortes indícios de um acerto. Esses fatores fizeram o nome de Dunga virar quase uma certeza como novo técnico da Seleção nos bastidores do futebol brasileiro. A Rádio Jovem Pan, inclusive, já noticia a assinatura do contrato entre o treinador e a entidade.
Até a última quarta-feira, dirigentes da Federação Venezuelana de Futebol contavam com o sim de Dunga para assumir um projeto até a Copa do Mundo de 2018. Tinham, inclusive, uma reunião apalavrada para fechar os detalhes finais. Desde então, o treinador não retorna as ligações para um dos intermediários da transação.
Segundo esse amigo pessoal de Dunga, um contrato com quatro anos de duração já estava praticamente sacramentado na Venezuela, mas não deve ser assinado. “Falei com ele na quarta-feira. Ele me disse que estava em São Paulo, mas que voltaria a Porto Alegre. Desde então, ficou incomunicável”, contou o intermediário, que em condição de anonimato disse ver a situação como “forte indício” da volta do treinador. Uma outra pessoa próxima também consultada pelo Terra disse que o caminho de Dunga deve ser realmente a Seleção.
O “sumiço” de Dunga ocorre exatamente desde que Gilmar Rinaldi assumiu o cargo de coordenador de seleções da CBF. Neste sábado, o Terra entrou em contato com Gilmar, e ele confirmou a condição de que o novo treinador será anunciado apenas na próxima terça, no Rio de Janeiro. O dirigente não quis dar entrevista, mas a informação sugere um acerto sacramentado.
A Rádio Jovem Pan e a Revista Placar, desde quinta-feira, tratam sobre a possibilidade de Dunga retornar à Seleção Brasileira. Já neste sábado, a Jovem Pan afirmou que a CBF já tem assinado o contrato de trabalho para que o treinador suceda Luiz Felipe Scolari. Responsável por veicular em primeira mão a saída de Scolari, a Rede Globo sequer citou Dunga como opção até o momento. Ele e a emissora tiveram uma relação turbulenta no ciclo anterior.
Caso retorne de fato à Seleção, o treinador não teria dois desafetos com quem conviveu na Copa do Mundo 2010. Diretor de comunicações da entidade, Rodrigo Paiva recentemente deixou a CBF após mais de uma década de serviços prestados. Responsável pela dispensa de Dunga, o ex-presidente Ricardo Teixeira também já não exerce mais influência técnica na entidade.
Nome mais comentado no início da semana, Tite ainda não foi procurado pela CBF e praticamente saiu da disputa. O treinador foi apontado como o favorito dos torcedores, segundo pesquisa do Datafolha, e estava inclinado ao cargo. Outros sugeridos foram Cuca, Muricy Ramalho, Zico e Leonardo.