A Presidência da República confirmou nesta quarta-feira a saída de César Borges do comando do Ministério dos Transportes. A mudança ocorre por pressão do Partido da República, que prometeu tirar apoio da candidatura à reeleição de Dilma, mas a presidente garante que não faz política por conveniência, e sim por convicção.
Dilma decidiu tirar Borges do cargo para não perder o apoio do PR na formação da aliança para a disputa a um novo mandato. Para o partido, Borges não atende aos interesses da legenda. O anúncio formal da saída troca no comando do Ministério dos Transportes deve sair ainda na tarde desta quarta-feira.
“A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje mudanças no seu ministério. O Ministério dos Transportes passa a ser ocupado pelo ex-ministro Paulo Sérgio Passos. O ministro César Borges passa a ocupar a Secretaria Nacional dos Portos”, limitou-se a informar uma nota da Presidência.
Mais cedo, Dilma se reuniu com César Borges, com o ministro da Secretaria Especial de Portos, Antônio Henrique da Silveira e também com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Paulo Sérgio Passos, até então cotado, e agora confirmado, para voltar ao cargo de ministro dos Transportes – ele é antecessor de Borges.
César Borges é ministro dos Transportes desde abril do ano passado. Ele já foi governador da Bahia entre 1998 a 2002. Foi durante sua gestão que a Ford decidiu implantar uma fábrica em Camaçari. Borges foi senador até 2010, quando não conseguiu se reeleger.
Com perfil técnico, Passos tem o apoio de Dilma desde a primeira atuação à frente do ministério dos Transportes. Antes de assumir a pasta pela primeira vez, era o número dois dos Transportes e, na prática, quem tinha conhecimento do setor.