Os arrufos do governador José Melo quase sempre terminam em constrangimento para ele. Foi o que aconteceu com a sua tentativa de acabar com o programa “Bom de Bola”, projeto que certo e que traz na sua essência a promoção do esporte amador, a educação para a cidadania e o desenvolvimento humano, democrático e integral de crianças e jovens.
Anunciado o fim desse programa, a reação foi imediata por parte do público-alvo do mesmo, ou seja, a juventude, que protestou e fez com que ele recuasse da besteira cometida.
Isso, entretanto, não é suficiente para quem governa com juízo.
José Melo devia recuar, também, de outras bobagens que está cometendo na vã pretensão de continuar governador.
São os casos das perseguições, do clima de terror contra os servidores e das ameaças de demissão, por exemplo, que tomam conta do seu governo.
Assim, nunca é demais citar os conselhos de Machiavel, pelos quais o “Príncipe” deveria ser, pela ordem, amado ou temido.
Se amado, pelos bens que fizesse a seus súditos, seu caminho seria mais fácil e certo o seu sucesso.
Se temido, os súditos até se submeteriam, mas apenas até o momento do confronto possível.
De outra sorte, ao enfrentar o inimigo, na arte da guerra, deveria saber com certeza as forças e fraquezas, suas e dele, a fim de certificar-se de que o venceria definitivamente, sem a possibilidade de que ele, o inimigo, não vencido, se voltasse contra ele com mais força ainda.
Pois é. Cautela e caldo de galinha não fazem mal à ninguém.