É simplesmente impressionante como o centro comercial da Zona Franca de Manaus, que um dia foi chamado de bélle époque, está sujo. Sujo, é claro, para economizar palavras que definam o deplorável estado em que se encontra o coração de Manaus. Sujo para economizar crítica mais azeda ao poder público municipal ou sabe-se lá pra quem.
E se está sujo é porque está abandonado.
Infelizmente, o melhor cartão postal da cidade que, também, foi chamada de Paris dos Trópicos, já não reluz e encanta tanto quanto nos velhos e bons tempos dos inglêses que por aqui passaram e que, brevemente, estarão de volta para prestiar a sua competente equipe de futebol que estréia na Arena da Amazônaia nesta Copa do Mundo.
À exceção da Avenida Eduardo Ribeiro – e olhe lá -, o lixo está pra la de “Bagdá”, por todos os lados: na Marechal Deodoro, na Henrique Martins, na Dr. Moreiro, na Marcílio Dias, na Barroso, que é a rua da Biblioteca Pública, enfim, por todo centro comercial.
A lixarada, por mais incrível que possa parecer, está, inclusive, sobre os calçadões, por onde transitam centenas, milhares e milhares de pessoas que nem sempre conseguem desviar da sujeira.
A Praça Tenreiro Aranha, marco pujante da história da cidade dos Manaós, é de fazer dó.
O abandono é absoluto.
Nem uma gari, nem um carro coletor de lixo, nem uma vassoura, nem um guardar municipal, nada, mas nada, enfim, é visto naquela espaço histórico.
O Pavilhão Nacional, de bela e arrojada arquitetura, virou privada.
Uma imunda e nojenta privada, ocupada por uma dúzia de pobres e infelizes desvalidos, para dormirem e despejarem suas imundices – merda fica melhor para dar descanso às metáforas e não deixar dúvidas a tamanho descaso.
Uma pena!