José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras na época da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, assumiu sua responsabilidade no relatório entregue ao conselho administrativo da empresa antes da aquisição polêmica, mas alegou que a presidente Dilma Rousseff também teve sua parcela de compromisso. As informações são do Estado de S. Paulo.
“Eu sou responsável. Eu era o presidente da empresa. Não posso fugir da minha responsabilidade, do mesmo jeito que a presidente Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho”, disse Gabrielli ao jornal.
Sobre o relatório entregue ao conselho administrativo da estatal, ele acredita que o documento foi “omisso”. “Sem dúvida nenhuma foi omisso porque as duas cláusulas mencionadas não constavam da apresentação feita aos conselheiros”, disse. Os termos foram o de Put Option, que obrigou a Petrobras a comprar a outra metade da refinaria em 2008, em um negócio que custou US$ 1,2 bilhão, e Marlim, que compensaria a então sócia empresa Astra por possíveis prejuízos.
Segundo ele, a queda do preço das ações da Petrobras não foi resultado do negócio em Pasadena, mas da crise financeira mundial que reduziu a demanda de petróleo nos Estados Unidos e da política do governo de ajuste de preços da gasolina e diesel no Brasil abaixo dos preços praticados no exterior.