A justiça malaia condenou um casal à forca por deixar uma empregada doméstica indonésia morrer de fome, indicou nesta sexta-feira o advogado de defesa.
Isti Komariyah pesava apenas 26 kg quando morreu em Kuala Lumpur em junho de 2011, informaram os meios de comunicação malaios. O veredicto foi divulgado na quinta-feira.
“Tinha 27 anos e pesava apenas 26 kg quando foi levada a um centro médico universitário da Malásia. Tinha hematomas e marcas de arranhões nas costas, no braço e na testa”, indicou o jornal The Star.
Teoh Ching Yen, de 56 anos, e seu marido, Fong Kong Meng, de 58 anos, proibiram reiteradamente sua empregada doméstica de se alimentar durante os três anos em que trabalhou para eles, segundo informações divulgadas no julgamento.
A jovem pesava 46 kg quando começou a trabalhar na residência do casal.
O advogado de defesa, Ramkarpal Singh, confirmou à AFP o veredicto e anunciou que recorrerá da decisão.
A morte de Komariyah é mais um caso que constata os graves maus-tratos sofridos pelas empregadas domésticas na Ásia e no Oriente Médio. A maioria das vítimas são indonésias, filipinas ou cambojanas.
As associações de defesa dos direitos humanos indicaram que um grande número de empregadas domésticas trabalham sem nenhuma proteção. Vários casos de violência, inclusive de mutilações ou mortes, foram registrados nos últimos anos.
Dois milhões de indonésios trabalham como empregados domésticos ou em plantações, de maneira legal ou ilegal, na Malásia. Cerca de 400.000 são empregados domésticos.