O vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão, demitido da Secretaria de Infraestrutura (Seminf), pelo prefeito Arthur Neto, no decorrer de uma entrevista concedida a uma emissora de rádio, não digeriu, como um “carneirinho”, as pressões do poder para afastá-lo da ideia de concorrer à sucessão do governo do estado.
“Antes de vir para esta entrevista fui procurado pelo secretário de Educação, Humberto Michilles que, em tom nada amistoso, pediu para que deixasse de lado essa história de candidatura e que, assim, tudo estaria certo”, comentou.
Mesmo sem disfarçar o seu desapontamento em relação ao episódio Hissa Abrahão foi enfático ao afirmar que, embora sonhe, como qualquer jovem, com a possibilidade de ser governador do Amazonas, nunca se declarou candidato, como afirma Arthur Neto.
“Há um mês fui abordado por um Arthur irritadíssimo, nervoso, perseguido por uma incontrolável fixação de que eu era candidato à sucessão. Naquela oportunidade ele chegou até pedir que desistisse da ideia. O prefeito estava irreconhecível. Não Entendo o por quê de tanta pressão”, lamenta.
“Não o atendi porque quem decide sobre uma candidatura é o povo e o partido”, completa.