Em Manaus, o tráfico de drogas – maconha, pasta de cocaína, oxi, crack, cocaína entre outros do gênero – não corre frouxo somente nas vielas, becos, mansões e nos confinamentos das penitenciárias de Manaus.
Nas escolas públicas e particulares, também, a onda é grande, faz marola, e nela, muitos jovens, no início da pulberdada, que ainda não aprenderam, sequer, as quatro operações, surfam “numa boa”, com os olhos coloridos, voltados para um mundo irreal que tortura, humilha,causa dependência, escraviza, marginaliza e mata.
Todos têm conhecimento – diretores,pais de alunos e a própria polícia – que a droga está em sala de aula muito mais presente do que os catetos e a hipotenusa de Pitágoras.
Mas nada de concreto é feito para estirpar o mal pela raiz.
Ainda ontem, por exemplo – e essa não foi a primeira vez -, um jovem estudante de apenas 15 anos, da 9ª série do ensino fundamental, foi denunciado à polícia pela prória diretora da Escola Estadual Júlio César Passos, Avenida Neol Nutels, Cidade Nova, Zona Norte da cidade, por tráfico de cocaína.
Abordado por uma equipe da Polícia Militar dentro da referida escola, o garoto encarou o problema com naturalidade e não deu a mínima para os mesmos.
O garoto, como se estivesse em sua zona de atuação, ou seja, na boca de fumo, mostrou frieza e naturalidade ao ser abordado pela polícia.
Ele não só confirmou que traficava cocaína, mas revelou, inclusive, que era usuário e que usava a sua namorada de apenas 14 anos para agenciar a droga e atrair novos consumidores.