Já passavam das 09 horas desta sexta-feira, de sol caliente em Manaus, quando o repórter responsável pelo Blog do Castelo foi autorizado a entrar em um dos canteiros de obras interditado para os trabalhos de urbanização da área do Pólo Industrial de Manaus (PIM).
Não houve nenhuma dificuldade para que entrasse, assim como não houve, também, para um outro motorista que cruzou o local sem problemas.
Lá, pelo menos meia dúzia de máquinas pesadas, a serviço da empresa SOMA, trabalhavam quando uma delas, de ré, arrastou o carro, deixando a sua lateral direita bem danificada.
Até aí tudo bem. O maquinista sequer imaginava que, mesmo de raspão, pudesse ser protagonista de um incidente sem maiores consequência.
O que é de saltar ou esbugalhar os olhos foi o procedimento de um certo senhor (veja foto) que se encontrava no canteiro de obras ao se reportar ao comunicador deste blog:
– Por quê está fotografando? vociferou, irritado o senhor de estatura alta, corpulento, com aparência de mais ou menos 56 anos.
– Para registrar o fato, respondeu o repórter.
Mais irritado e furioso, o capataz da empresa SOMA, que nada tem a ver com as atitudes violentas de seu funcionário, partiu para cima do repórter e lhe tirou das mãos o seu telefone que usava como máquina fotográfica.
– Posso mandar lhe prender, rosnou o capataz,na medida que arrancava das mãos do jornalista seu telefone Sony XPeria.
– Por favor prenda-me. Estou a sua disposição.
Ao perceber que os velhos tempos do carrancismo e de outros babados mais ficaram nas páginas negras da história, o capataz tentou mudar o tom. Mas já era tarde.
Envergonhado, um de seus acompanhantes – este sim, educado, tratável, boa gente – entendeu que era preciso, sim, fotografar o carro e até sugeriu que a justiça fosse acionada a fim de que a questão fosse resolvida sem emocionalismo barato, desnecessário.