O terror – com todas as suas nuance e matizes – está definitivamente implantado em Manaus. Ontem (segunda-feira 27 de maio, pra ser mais preciso), corpos esquartejados foram encontrados em plena praia da Ponta Negra cuidadosamente acondicionados no interior de uma mala de cor preta.
O mesmo pertenciam simplesmente ao mega traficante, famoso e intocável senhor das drogas, Frank Oliveira da Silva, o “Fankzinho do 40” e ao famigerado Antônio Carlos Costa, o Tonga.
Detalhe: ambos haviam fugido da Instituto Penal Antônio Jobim (Ipat).
Dias depois, ou seja, no dia 07 de junho, na área metropolitana de Manaus, no Iranduba, um corpo foi encontrado por taxistas, esquartejado.
Pra não ficar apenas com dois exemplos, hoje, sexta-feira, dia 19 de julho, dois corpos foram encontrados por moradores do Bairro Val Paraíso, Zona Leste, no interior de um carro carbonizados.
A crueldade ainda não foi desvendada pela polícia, mas é bem possível a conclusão seja a mesma que decapitou Frankzinho, Tonga e o homem encontrado no porto do Brito, no Iranduba.
Não seria demais lembrar que durante mais de uma semana o manauara viveu momentos de verdadeiro pânico com a fuga de 172 presos do Ipat no dia 09 de julho.
Não é demais lembrar, também, que no dia da fuga não havia um único policial militar na área de abrangência do Ipat para dar suporte à retaguarda dos agentes penitenciários em situações como a vivida no dia 09.
Não é demais lembrar que dois depois do episódio do Ipat houve motim na Penitenciária Pública Vital Pessoa, na Sete de Setembro. Não houve fuga, mas a porrada cantou à solta. Dezenas de presidiários necessitaram de atendimento de urgência.
Será que ainda existe alguém que duvida que Manaus ganha contornos de cidade das mais violentas do país? Em recente reportagem de autoria da revista Veja Manaus aparece no topo das mais violentas. Isso não é ficção. É fato.