Denis Lima de Lima, de 27 anos, foi preso em Manaus por suspeita de se passar por motorista de aplicativo e agredir a corretora de imóveis e musa da escola de samba Mocidade Independente de Aparecida, Marcia Santos, durante uma tentativa de roubo. O crime ocorreu no dia 14 de dezembro, após a vítima solicitar uma corrida na saída de uma casa de festas.
Logo após o ataque, Marcia Santos usou as redes sociais para relatar o que aconteceu. Ela contou que o motociclista desviou da rota indicada no aplicativo, anunciou o assalto e passou a agredi-la, e mostrou imagens em que aparece com o rosto inchado e os lábios feridos.
De acordo com as investigações, a vítima foi levada ao bairro Petrópolis, onde outros dois homens aguardavam. Enquanto um deles monitorava o local, os outros agrediram a mulher na tentativa de obter o desbloqueio do celular.
“A vítima relatou que chegou a desmaiar durante as agressões”, contou a delegada Elizabeth de Paula, responsável pelo caso. Sem conseguir acessar o aparelho, o trio fugiu e deixou a vítima ferida.
Com apoio do Cerco Inteligente de Videomonitoramento – Paredão, a Polícia Civil identificou o veículo usado no crime, que estava registrada em nome do suspeito preso. Ele foi localizado, e a placa foi encontrada em frente à residência dele, o que resultou também em autuação em flagrante.
“Ele confessou a participação no crime. O investigado já tem passagem pela polícia por receptação e estava em liberdade havia pouco tempo”, disse a delegada.
O homem vai responder por tentativa de roubo, lesão corporal, associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo automotor e ficará à disposição da Justiça.
As investigações continuam para localizar os outros dois envolvidos. Um deles, identificado apenas como Lucas, já teve a prisão solicitada pela Polícia Civil e está com mandado em aberto. A polícia ainda tenta identificar o terceiro suspeito.
Apuração de calúnia
Além da investigação sobre a tentativa de roubo e as agressões, a Polícia Civil apura um possível crime de calúnia relacionado às publicações feitas após o caso. Segundo a delegada Elizabeth de Paula, a acusação contra o motorista de aplicativo Ismael da Silva surgiu a partir do relato feito pela própria vítima nas redes sociais.
“Ela vai para a delegacia e começa a divulgar as imagens da pessoa do aplicativo. Ou seja, eu tenho duas situações: uma tentativa de roubo, de agressão, de associação criminosa e uma calúnia em redes sociais. A calúnia está em fase de conclusão”, explicou Elizabeth de Paula.
Ismael se apresentou à polícia no dia seguinte ao registro da ocorrência, no dia 15 de dezembro, negou envolvimento no crime e afirmou que a vítima não chegou a subir na motocicleta dele. Ele relatou ainda que foi bloqueado na plataforma de aplicativo e passou a sofrer ameaças.
De acordo com Elizabeth de Paula, esse segundo procedimento ainda está em fase de conclusão e depende da análise de imagens e de novos depoimentos da vítima e do motorista citado para esclarecer a conduta de cada pessoa envolvida.
O caso
O crime se tornou público após Marcia Santos relatar nas redes sociais que foi vítima de agressões durante uma corrida solicitada por aplicativo, na madrugada de 14 de dezembro, em Manaus. Segundo ela, o motociclista alterou o trajeto indicado e parou em um ponto isolado da cidade.
No local, o homem teria anunciado o assalto, tomado o celular da vítima e exigido a senha do aparelho. Ainda conforme o relato, um segundo suspeito chegou logo depois e passou a participar das agressões, que continuaram mesmo sem os criminosos conseguirem acessar o telefone.
O crime se tornou público após Marcia Santos relatar nas redes sociais que foi vítima de agressões durante uma corrida solicitada por aplicativo, na madrugada de 14 de dezembro, em Manaus. Segundo ela, o motociclista alterou o trajeto indicado e parou em um ponto isolado da cidade.
No local, o homem teria anunciado o assalto, tomado o celular da vítima e exigido a senha do aparelho. Ainda conforme o relato, um segundo suspeito chegou logo depois e passou a participar das agressões, que continuaram mesmo sem os criminosos conseguirem acessar o telefone.
“Começaram a me bater, me bater com um canhão de arma. Pediram a senha do meu celular. Eu dei a senha, que é a única que eu tenho há muitos anos. Começaram a dizer que eu ia morrer. Quando pedi socorro, eles foram embora”, contou.
A vítima disse que gritou por ajuda ao perceber a aproximação de outra pessoa, o que fez os suspeitos fugirem. Após o crime, ela conseguiu deixar o local e registrou a ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).






