A situação crítica da rodovia BR-319, que liga o Amazonas a Porto Velho (RO), dominou os debates na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quarta-feira (26/11). Em suas manifestações, os parlamentares cobraram do Governo Federal celeridade nas obras de recuperação e, especificamente, uma solução para uma das pontes que desabaram na rodovia, cuja ausência continua penalizando a população amazonense.
O debate foi iniciado pelo deputado Comandante Dan (Podemos), que subiu à tribuna para denunciar a lentidão na entrega da ponte sobre o rio Autaz Mirim. A estrutura colapsou há mais de três anos e, segundo o parlamentar, o problema e as promessas de solução se arrastam, deixando a população desamparada após tanto tempo de espera.
“Já se passaram três anos de sofrimento. É inadmissível que uma obra dessa importância logística e humanitária continue inacabada”, pontuou Dan.
O parlamentar enfatizou as dificuldades diárias enfrentadas pelos moradores e produtores rurais da região, que sofrem com o encarecimento do frete, a dificuldade no escoamento da produção agrícola e o isolamento geográfico agravado pela ausência de uma travessia segura e definitiva.
O pronunciamento repercutiu imediatamente no plenário, recebendo o apoio de outros parlamentares que reforçaram as críticas à gestão federal da rodovia.
Em apartes, o presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (União Brasil), e o deputado João Luiz (Republicanos) apoiaram as críticas. João Luiz destacou o impacto social do abandono da estrada, enquanto Roberto Cidade enfatizou a necessidade de união política em prol do estado, independentemente de partidarismos.
Cidade foi enfático ao cobrar responsabilidade e respeito com o povo do Amazonas, afirmando que a infraestrutura do estado deve estar acima de disputas ideológicas.
“Aqui não se trata de defender a bandeira A ou a bandeira B. Trata-se de defender a bandeira do Amazonas. Precisamos de respostas e de obras concluídas”, afirmou o presidente da Aleam.
O presidente destacou ainda que recursos continuam sendo gastos em obras de manutenção na rodovia, medidas que não solucionam o problema de trafegabilidade e que, segundo ele, deveriam ser direcionados corretamente para a recuperação definitiva da estrada.
Cidade lembrou também que o presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amazonas, Orlando Machado, esteve na Casa Legislativa e garantiu aos parlamentares que as obras de recuperação da rodovia teriam início em 2025. “Porém, nada, ou quase nada, aconteceu”, declarou.







