A primeira descrição que a maioria das pessoas dá ao ouvir sobre depressão é que é “frescura”. E a simples palavra, dita muitas vezes sem pensar, se coloca como uma das barreiras mais comuns para mais de 300 milhões de pessoas doentes em todo o planeta, que querem ajuda para tratar a doença. Na tentativa de desmistificar o tema e ampliar o conhecimento sobre depressão e suicídio, um grupo de instituições voltadas à saúde mental lançou o Movimento Falar Inspira Vida.
O objetivo é fazer com que a pessoa saia da conversa ensaiada inúmeras vezes dentro da mente, – adiada sempre que algo parece que vai melhorar – e parta para a ação, que é buscar ajuda. E preparar amigos e familiares para lidar com a situação se torna fundamental neste processo. Para isso, a primeira iniciativa desta coalizão foi criar um guia, que explica de forma adequada e simplificada sobre depressão e suicídio, usando como base comentários corriqueiros como o citado no início do texto. O conteúdo está disponível no site www.falarinspiravida.com.br, e pode ser baixado e compartilhado de forma gratuita.
O grupo destaca que a busca por conhecimento é o primeiro passo para diminuir a distância entre os pacientes, a família e os especialistas. “Mais do que trazer frases que carregam julgamentos, explicamos por que elas não ajudam e sugerimos formas de mudar o tom da conversa”, explicou em nota o diretor médico da Janssen, Fábio Lawson. A empresa farmacêutica da Johnson & Johnson é quem lidera o movimento lançado este mês.
Além da Janssen, a coalizão é formada pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), Centro de Valorização da Vida (CVV), Departamento de Psiquiatria da Unifesp, Instituto Crônicos do Dia a Dia (CDD), Instituto Vita Alere, Vitalk e a revista Veja Saúde.
Em setembro, mês em que é realizada a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, o movimento deve levar o diálogo sobre os temas para o cotidiano das pessoas. Em São Paulo, por exemplo, a linha amarela do metrô terá um vagão personalizado com essas expressões que muitas vezes são utilizadas pelas pessoas para falar de alguém com depressão e que precisam ser requalificadas. Vídeos animados nas telas dos vagões de toda a linha amarela também farão um convite à população para buscar informação. Com informações de Metrópoles.








