João Pedro denuncia José Melo ao MPE por fazer campanha em pleno horário de expediente

Disputando o cargo sentado na cadeira, qual deve ser o horário de campanha de um governador-candidato? Muito fácil: depois do horário de expediente, é claro, que, normalmente, deveria termina às 18 horas.

Pelo que se sabe, entretanto, o governador José Melo (PROS), candidato à reeleição, está fazendo campanha no horário de trabalho, tanto é que o ex-senador João Pedro (PT), representou contra o mesmo no Ministério Público Eleitoral (MPE), nesta sexta-feira, 15.

Ao se opor a esse tipo de intolerância, João Pedro agiu certo, como deveria agir qualquer pessoa no gozo de sua cidadania, embora Zé Melo tenha todo o direito à reeleição. O que o Zé não tem – e isso não se discute – é o direito de se arvorar fazer campanha, como se estivesse acima do bem e do mal, no horário de expediente. Isso não é legal muito menos conveniente em uma disputa democrática.

Mas o senhor “todo poderoso”, Zé Melo, como um curumim birrento, faz exatamente o contrário, e como se ressuscitasse L’état, c’est moi, de Luis XIV, sai por aí, pedindo voto, fazendo carreata, em pleno horário de expediente. Ele fez isso em Guajará.

Isso é no mínimo abuso do poder político, também, previsto em Lei.

É claro que sempre se arrumará uma desculpa esfarrapada para querer tapar o sol com peneira e argumentar que estava como governador e não como candidato. É como se isso estivesse escrito nas estrelas. É só aguardar pra ver.

Permitir a reeleição sem se desincompatibilizar é uma trapaça sintomática dos maus perdedores que fazem com que a disputa se torne desigual. E isso, como diriam os honrados e valentes desbravadores nos seringais do Juruá, é uma vergonha deslavada, senhor Zé.

Está mais do que na hora, senhor candidato, de criar juízo, sob pena de novos puxões de orelha, iguais aos que lhes foram dados pelos mesmos motivos que a democracia o condenou: multa por propaganda eleitoral antecipada, entre outros.