Ela diz que o fato aconteceu por volta das 14h na Rua Franklin Távora. Depois de ter votado, ela se dirigiu ao carro, que estava estacionado na via. Segundo ela, dois homens portando um pedaço de ferro a abordaram na rua. “Tinham um ferro, tipo um canivete. Viram meu crachá e disseram que eu era ‘riquinha’ e ‘de esquerda’ e também ameaçaram um estupro”, conta. Ainda de acordo com ela, foi quando os dois a cortaram no braço e no queixo.
Segundo a repórter, um dos homens era branco, usava uma calça jeans e uma camisa preta que tinha a foto do presidenciável com os dizeres “Bolsonaro Presidente”; e o outro também branco, vestia uma camisa verde e calça jeans.
Minutos depois, segundo a repórter, um carro que passava na rua buzinou e os agressores se assustaram, saindo correndo na direção de um bar de esquina onde estaria um grupo bebendo.
Ferimentos
Com hematomas no rosto e cortes nos braços, a jornalista prestou queixa à polícia, às 15h30 deste domingo (7). “Todas as providências necessárias já foram tomadas pela Polícia Civil. Foi feito registro do Boletim de Ocorrência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e a polícia foi ao local para tentar identificar os suspeitos”, explicou o delegado Rômulo Aires, titular da Delegacia do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.
Os investigadores vão solicitar as imagens das câmeras de segurança da área onde ocorreu a agressão. O resultado do exame de corpo de delito feito pela jornalista no IML será divulgado em 20 dias.
Repúdio
A diretora de Conteúdos Digitais do SJCC, Maria Luiza Borges, repudiou o ocorrido. “Não se pode aceitar nenhuma ameaça ao exercício da nossa profissão. Vamos dar apoio à profissional e confiamos que a polícia vai esclarecer os fatos e punir os culpados”, afirmou.