A emenda de prorrogação da ZFM deu pra trás em Brasília. O adiamento ocorreu por conta de impasses na votação do projeto de lei 6727/2013, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que prorroga a Lei de Informática de 2019 até 2029. Essa turma de São Paulo gosta mesmo de uma reserva de mercado.
Trata-se de uma “indústria” de montagem fora da ZFM, do Sul do país, que não padece de “desigualdade regional”, como é o caso do Amazonas e do Norte do país. Por isso, é uma chantagem que se vem perpetuando e sempre que a ZFM precisa ter seu modelo prorrogado, esse “jabuti” sobe na árvore.
Não há “indústria” brasileira de informática. Essa reserva de mercado não gerou até hoje nenhum componente que se possa chamar de “brasileiro”. Nada! Apenas montagem. Basta um gabinete e pronto! Qualquer um pode montar um computador – até mesmo em Anamã – desde que tenha os componentes necessários, vindos dos EUA, da Ásia ou da Europa.
No entanto, o governador Zé Melo, sem saber das coisas, achando que a votação da PEC da ZFM seria votada, se mandou para Brasília a fim de “aparecer da foto”.
Como de xabú, o homem desancou seu ex-patrão Eduardo Braga (hoje adversário), como se o problema tivesse sido com ele e não com os deputados-lobistas de São Paulo e do Sul do país, que fizeram “o jabuti subir na árvore” e empacaram a votação como forma de chantagem para que a famigerada “Lei de Informática” seja também prorrogada e garanta aos “empresários” essa “indústria”, que não passa de maquiagem, colar selo no produto alheio, muitas das vezes pirateando.
Disse ele na Web, confessando todo o seu “poder liderança”: “Apesar do meu esforço com o PROS e o PSD de Omar e nossa bancada federal, junto com prefeito Arthur, NÃO CONSEGUIMOS EVITAR QUE A VOTAÇÃO FOSSE ADIADA”. É mesmo, é?
O governador poderia, então, demonstrar toda a sua liderança e resolver o imbróglio, mas que!, em vez disso passou a debitar, “convenientemente”, o problema na conta política de Eduardo Braga.
Este, contudo, sabe como as coisas funcionam e vai com certeza resolver o impasse “parlamentando” com os deputados et caterva de São Paulo .
Melo é apenas, mais uma vez, coadjuvante nesse processo.
É deprimente!
Seria bom se todo governador fosse também LÍDER. Mas não é caso. Liderança pressupõe uma série de condições que lhe faltam, obviamente.