A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (13), a operação “Custo Político”, onde deteve o ex-secretário de Saúde Wilson Alecrim, e o ex-secretário de administração e Gestão, Evandro Melo.
O delegado titular da Delegacia de Repressão a Corrupção de Crimes Financeiros, Alexandre Teixeira, informou que os gestores recebiam de propina cerca de R$ 216 mil da Organização Criminosa, de acordo com denúncia do Ministério Público Federal comandada pelo médico e empresário Mouhamad Moustafa.
Ainda segundo Alexandre Teixeira, a propina era divida da seguinte maneira, Evandro Melo, ficava com R$ 83 mil enquanto Alecrim ficava com a maior parte da propina, cerca R$ 133 mil.
“O que se observa é que cada secretário tinha uma função diferente e assim conseguiam facilidades para obter os pagamentos”.
Os próximos passos da investigação, segundo o delegado, além de busca e apreensão foram colhidas as oitivas dos envolvidos. “As pessoas foram trazidas para a Polícia Federal para que pudessem explicar a participação nos fatos”, disse.
“A falta de recursos causa mortes e as pessoas vivem em qualidade de vida inferior a que poderiam ter se esse dinheiro fosse investido onde realmente deveria”, afirmou o delegado Alexandre Teixeira, garantindo que o órgão não irá parar as operações contra crimes desta natureza.
Propina alcança casa dos milhões
De acordo com procurador da República Alexandre Jabur a estimativa é que R$ 20 milhões tenham sido pagos em propina.
“Isso precisa ser melhor avaliado após o trabalho da Polícia Federal ser finalizado. Hoje nós estamos atualizando os valores da primeira fase, nós ainda não chegamos ao cálculo final”, assegurou o procurador.