Alfredo da Matta realiza Mutirão Dermatológico na Zona Leste de Manaus

O Governo do Estado do Amazonas, através da Fundação Alfredo da Matta, realiza no próximo sábado, dia 8 de abril, no horário de 8 às 12 horas na Escola Estadual Áurea Pinheiro Braga (CETI), Zona Leste de Manaus, mais um Mutirão Dermatológico.

A Fuam colocará a disposição da comunidade local, consultas médicas dermatológicas e toda uma equipe de multiprofissionais – dentre farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, médicos, enfermeiros e técnicos – para o atendimento. O objetivo é realizar exames para busca de possíveis novos casos de Hanseníase e outras doenças dermatológicas e ainda Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Nesta ação, a Fuam conta com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde.

Dados epidemiológicos

 A Hanseníase ainda é um importante problema de saúde pública no Estado do Amazonas, embora apresente ano a ano, comportamento descendente, com redução da incidência. Nos últimos anos, a doença passou de 75,5 casos por 100 mil habitantes, em 1990, para 10,46 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, em 2016; o que representou uma redução de 86,14%. Embora a diminuição dos números seja significativa, a doença ainda é considerada com parâmetro de endemecidade alto.

A escolha do local para a realização deste Mutirão deve-se ao fato da Zona Leste de Manaus ainda ser a zona geográfica de maior incidência dos casos da Hanseníase na capital, onde se concentram 32,7% dos casos.

Sinais e sintomas da Hanseníase

A Hanseníase é uma doença que pode ser detectada com um simples exame de pele. A doença tem cura desde que a pessoa com suspeita faça o tratamento em tempo hábil. O tratamento é gratuito e feito em qualquer unidade básica de saúde.

A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida por um bacilo (Mycobacterium leprae), atingindo principalmente pele e nervos de extremidades do corpo, como em braços, pernas e pescoço. A doença passa de uma pessoa sem tratamento para outra, através das vias respiratórias e quando estas mantêm contato direto e frequente. A maioria da população adulta é resistente à hanseníase. Vale ressaltar que a partir do momento que uma pessoa diagnosticada com hanseníase inicia o tratamento com medicamentos, ela não mais transmite a doença.

A hanseníase tem cura e o tratamento, que é gratuito dura de 6 meses a 1 ano, dependendo da forma que acomete o doente. Quanto mais cedo acontece o diagnóstico e se inicia o tratamento, melhor será sua resposta, evitando possíveis sequelas e quebrando a cadeia de transmissão da doença.

Outra medida importante é o acompanhamento dos chamados “contatos”, ou seja, pessoas que mantenham contato íntimo e prolongado com uma pessoa doente (normalmente seus familiares). Na Fuam, familiares e todos os contatos de um paciente com hanseníase têm prioridade no atendimento e podem fazer regularmente acompanhamento com os especialistas.