A comitiva técnica da SUFRAMA que está no Acre representando a autarquia na feira agropecuária Expoacre 2016 visitou, nessa terça-feira (26), a empresa Dom Porquito Agroindustrial S.A., localizada em Brasileia (a 232 quilômetros de Rio Branco), que trabalha com a industrialização de suínos e produção de leitões.
Participaram da visita a coordenadora geral de Estudos Econômicos e Empresariais, Ana Maria Souza, o coordenador regional da SUFRAMA em Rio Branco, João de Deus, e técnicos das coordenações gerais de Estudos Econômicos e Empresariais e de Comércio Exterior da autarquia, acompanhados, ainda, da vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre, Adelaide de Fátima. A equipe foi recepcionada pelo diretor presidente da Dom Porquito, Paulo Santoyo, e pelo gerente industrial, Alder Cruz, que conduziram a comitiva por uma visita às instalações da fábrica.
Com investimento total de R$ 86 milhões, a Dom Porquito possui frigorífico com capacidade para abater cerca de dois mil animais por dia, em dois turnos, e capacidade de industrializar 20 toneladas de carne em um turno. A empresa emprega 350 funcionários diretos e tem a previsão de aumentar para 800 empregos diretos até 2018.
Com localização estratégica, a empresa está situada na Área de Livre Comércio de Brasileia e Epitaciolândia, numa região de tríplice fronteira, com acesso marítimo via estrada do Pacífico e também acesso à hidrovia do Rio Madeira. “Muita gente pergunta porque estamos aqui em Brasileia e não em Rio Branco. São vários motivos, mas certamente é decisivo o posicionamento da nossa indústria aqui por conta dos benefícios da Área de Livre Comércio associados à SUFRAMA. Esse é um ponto positivo de operação logística e de competitividade”, afirma Santoyo.
Além de comercializar para os Estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima, Santoyo afirmou que a Dom Porquito exporta para Hong Kong. A empresa também está em negociações com a China e aguarda os mercados da Bolívia e do Peru, que estão em processo de regulamentação, para dar início às vendas para esses países.
A empresa conta ainda com uma unidade de reprodução de 2.500 fêmeas, que é considerada a mais moderna do Norte do País, e uma unidade de terminação, com capacidade de 15 mil animais, onde trabalham os produtores familiares que finalizam a criação dos porcos para a empresa. “Tiramos o leitão da nossa unidade com 63 dias, levamos para o nosso produtor parceiro e ele entrega com aproximadamente 140 dias o animal pronto para nós. Eram produtores que estavam numa zona de extrativismo e que hoje saíram dessa situação, com um compromisso assinado conosco contratualmente”, explica Santoyo.
Outro ponto de destaque é que a empresa possui uma fábrica de subprodutos, onde aproveita os resíduos sólidos para a produção de farinha, sebo ou compostos para serem incluídos na fabricação de ração. Os efluentes líquidos são tratados no biodigestor, transformando-se em gás que é utilizado pela empresa.
Na ocasião da visita, a coordenadora da SUFRAMA, Ana Maria Souza, entregou a Paulo Santoyo convite para participar, na condição de palestrante, do “Fórum Amazônico: desenvolvimento sustentado e economia verde – estratégias para dinamizar o comércio exterior dos produtos amazônicos”, que ocorrerá no dia 8 de novembro, no auditório da sede da SUFRAMA, em Manaus. “Precisamos mostrar aos demais Estados da área de atuação da SUFRAMA iniciativas como essa da Dom Porquito, que é um sucesso em termos econômicos e de sustentabilidade, e que já atua nas exportações”, afirmou.