A China vai ter, em 2030, 110 reatores nucleares em funcionamento, tornando-se um dos maiores utilizadores no mundo desse tipo de energia, anunciou a maior construtora de centrais nucleares do país, citada pela imprensa estatal.
No total, os reatores operacionais e em construção na China atingirão, em 2020, uma capacidade de geração elétrica de 88 gigawatts, de acordo com a meta estabelecida no 13º Plano Quinquenal (2016-2020), anunciado em outubro.
Segundo o documento, que guiará a política chinesa até 2020, a China investirá 500 bilhões de yuan (a moeda do país) na construção de seis a oito reatores anualmente, ao longo dos próximos cinco anos.
O jornal oficial China Daily informa que a expansão desse tipo de infraestrutura será feita com tecnologia doméstica.
Em outubro passado, a China concordou com uma participação de um terço na central nuclear, a ser construída pela empresa francesa EDF em Hinkley Point C, no Sudoeste da Inglaterra.
O acordo foi concluído horas antes de o presidente chinês, Xi Jinping, iniciar visita de quatro dias ao Reino Unido.
Segundo fontes ocidentais, a China investiu US$ 89 bilhões em energia limpa em 2014, o maior valor entre as nações em desenvolvimento.
“A China está a enveredar pelo caminho das energias limpas para reduzir as suas emissões de carbono, com a energia nuclear a ser uma das principais beneficiárias”, acrescentou o China Daily.
Estima-se que o país tenha liberado entre nove e dez bilhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) em 2013, quase o dobro dos Estados Unidos e cerca de duas vezes e meia A mais do que a União Europeia.