Durante o julgamento sobre a suposta trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou veementemente a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF). Os advogados reafirmaram que Bolsonaro não agiu contra o Estado Democrático de Direito e negaram qualquer ligação dele com a “minuta do golpe” (referindo-se ao “plano Punhal Verde e Amarelo” ou “Operação Luneta”).
A defesa também negou qualquer responsabilidade de Bolsonaro pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, argumentando que o ex-mandatário foi “arrastado para esses fatos”. O advogado Celso Vilardi afirmou que “não há uma única prova” que associe Bolsonaro a esses eventos ou planos, e que “nem mesmo o delator [Mauro Cid] chegou a dizer (que houve) participação” do ex-presidente.
Em relação à delação de Mauro Cid, os juristas foram incisivos, destacando que as declarações não contêm provas que incriminem Bolsonaro como parte da suposta trama golpista. Celso Vilardi descreveu a delação como uma “sucessão inacreditável de fatos” e sugeriu que Cid “mentiu” em seu depoimento.
Por fim, a defesa alegou não ter tido tempo hábil para analisar as provas na Ação Penal 2.668 e considerou “não razoável” a possibilidade de uma pena de 30 anos para Bolsonaro por um “assunto encerrado” sem evidências concretas.









