Vídeo de Flávio contribuiu para prisão domiciliar de Bolsonaro

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o vídeo publicado e depois deletado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na decisão, desta segunda-feira (4/8), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como mostrado pelo Metrópoles, o filho “01” de Bolsonaro publicou um vídeo no domingo (3/8) mostrando o pai se dirigindo a manifestantes em Copacabana (RJ) por ligação de vídeo. A publicação foi apagada horas depois.

A oposição aliada do ex-presidente realizou atos em todo o Brasil contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente e pedindo o impeachment de Moraes. Bolsonaro estava impedido de sair de sua casa, em Brasília, seguindo o horário de recolhimento imposto pelo ministro.

“Agindo ilicitamente, o réu JAIR MESSIAS BOLSONARO se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e obstruir a Justiça, tanto que, o telefonema com o seu filho, FLÁVIO NANTES BOLSONARO, foi publicando na plataforma Instagram”, diz a decisão.

Segundo Moraes, o fato da publicação ter sido deletada depois configura uma tentativa de “omitir a transgressão legal” e voltou a dizer que “a Justiça é cega, mas não é tola”. O ministro também cita a legenda de uma publicação, ainda no ar, de Flávio agradecendo a atuação dos Estados Unidos.

“O Senador FLÁVIO NANTES BOLSONARO, ainda, publicou postagem em seu perfil, na plataforma Instagram, com a legenda de agradecimento aos Estados Unidos da Améria, em uma clara manifestação de apoio às sanções econômicas impostas à população brasileira”

O ministro decidiu, além das medidas que já haviam sido impostas:

  1. prisão domiciliar para Bolsonaro;
  2. proibição de visitas, salvo de advogados e pessoas autorizadas pelo STF; e
  3. proibição do uso de celular;